domingo, 22 de fevereiro de 2015

we are icebergs
os cumes brancos emersos não resvalam não se 
achegam mas
a 5cm, 5m, 5km: se fitam.

(silêncio absoluto)

(o som da água escura salgada paralisada num filme e então o som da ÁGUA horizontal em movimento enquanto a película roda)

por debaixo da água grossa e noturna
as crostas de gelo não são mais que uma só 
massa de cristais
se aninhando
num roçar de narizes 
translúcido  



os cumes se fitam na superfície.

no waves




terça-feira, 14 de outubro de 2014

words have been so hard lately,
everything that surrounds me makes me miss the quiet flow of unplanned conversations between souls
o murmúrio
ancient trees and water and skin and 
low voices

(warmth)

o ar daqui tem me apagado.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

prédios prédios casas sacadas
piscando colorido e desarmônico
VERMELHOVERDEVERDEVERMELHO
VERde
cima

pane-elétrico-natalina


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

agonizante

falta de
troca
psicotrópica
entre as palavras dos lábios rápidos
(!)
e os olhos fixados incrédulos nos movimentos sintonizados

sinto saudade das conexões elétricas estabelecidas quando se conhece algum da mesma espécie



quarta-feira, 12 de junho de 2013

as luzes cheiram úmido enquanto o ar em si é fresquinho quase gelado mas nem tanto assim

gosto bastante

as vias que sobem entre as casas de longe parecem suportar a locomoção extremamente lerda dos carros que não aceleram direito

(minha cara na janela e as noites de junho na cidade formigueiro)



quarta-feira, 8 de maio de 2013