quis o mar a brisa
quis a brisa cabelo
que solto
leve
quis a pele
ciclo de quereres
enlaçam-se em consumo mútuo
a cada sopro toque imagem
a cada fruto
sopros de inconstância
que mirabolam cá e lá
a coreografia de desejos
incontidos
réles
faz-se aflorar
por fim
costura-se tal trama de vulgaridades
bordadas à mão
no linho do acaso
pontos, um milhão
desejos estes
que de tão pequenos
contrastam com querer meu
querer meu que
límpido
resume-se a ti
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
terça-feira, 6 de setembro de 2011
monóxido de cotidiano
quarta
céu quase preto/branco de nebuloso
acinzentado que vem do chão
chão paulista o qual encaro em contramão
a fim de florir
me alimento dos poluentes sonoros
visuais, texturatos
gasosos
alheios
espero o farol
pra pedestre eu poder cruzar
avenida a pulsar em meus pés
ao crepúsculo,
cardeal arcoverde a me entornar
sons graves de baixo no fone da orelha esquerda
-outro escorregou na esquina com a fradique-,
andar
inconscientemente
ritmado
nervos meus se enervam
pelo solo e se perdem
dentre fatos mil
metropolitanos mil
o grande organismo
luzes cores gases
andares cliques atrasos
buzina transa cumprimento
porta batendo
xingamento
vem de todo lado
a cada passo rumo ao centro
intensifica-se
e culmina na sé
céu quase preto/branco de nebuloso
acinzentado que vem do chão
chão paulista o qual encaro em contramão
a fim de florir
me alimento dos poluentes sonoros
visuais, texturatos
gasosos
alheios
espero o farol
pra pedestre eu poder cruzar
avenida a pulsar em meus pés
ao crepúsculo,
cardeal arcoverde a me entornar
sons graves de baixo no fone da orelha esquerda
-outro escorregou na esquina com a fradique-,
andar
inconscientemente
ritmado
nervos meus se enervam
pelo solo e se perdem
dentre fatos mil
metropolitanos mil
o grande organismo
luzes cores gases
andares cliques atrasos
buzina transa cumprimento
porta batendo
xingamento
vem de todo lado
a cada passo rumo ao centro
intensifica-se
e culmina na sé
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