quinta-feira, 13 de outubro de 2011

alma da rua

eis que ao meio-dia
o calçadão de centro velho se abre
e fiel à imaginária percussão
cá vem excêntrico, a abrir passagem 
o homem do acordeão

dono de voz mirabolante e floreada
a casar-se com as notas
seus livres respirares
que de já costume suspiram anedotas

rima, improviso e harmonia
xícara de sol e três colheres de utopia

andarilha cá e 
por vez ou outra
dança lá

puxa o vento pr’uma valsa popular

de seus manejares leves graciosos
brota o encanto, que amável
colore viela

óleo sobre tela

2 comentários:

  1. Sinto muito mocinha, mas vc imita o estilo de escrever do Senhor Leão.

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    1. Teu comentário foi totalmente desnecessário. Ela talvez até possa se inspirar nele, mas imitar é outra coisa. Adoro o blog da Isabella, e o do Arthur também, mas ficar comparando é bobeira. Aprecie o trabalho dos dois e pronto.

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