domingo, 1 de janeiro de 2012

22:43

ar pesado
tépido terroso
na taverna tal

adentra cá
guria magra vestindo de preto
pisando a passo torto
recolhida
doendo

chama o garçom, diz que quer é beber
o moço
só quer que ela diga o quê

pulsos tensos
o olhar meio aguado
embaçado
ela profere a favorita
rapaz assente e diz que traz

vira pra si
si mesma

o pensamento tentando
(só e apenas) tentando
se desvencilhar do peito

agora tão gelado
quanto o copo curto ao qual se agarra,
faz de si mercê
a engolir choro

em uma cena tão clichê

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